1 de agosto de 2008

Bob’s Mentality


Quando eu fico um tempo sem escrever ou pensando demais o que eu irei pintar, eu sei que alguma coisa está para chegar. Outra coisa... é fácil escrever daquilo que inventamos, mas ser sinceros a ponto de nos mostrar humanos e sensíveis é outra coisa. E, a princípio noto que as pessoas não tem a mentalidade de se dizer inspirados por outros. Pois bem, eu assumo, eu me inspiro em grandes seres humanos, me inspiro com a natureza, me inspiro comigo mesmo, me inspiro pelo prazer de estar sempre aberto para sentir uma nova experiência.
Mas este é um estado que eu consegui criar para mim ao longo dos anos. A capacidade de se deixar inspirar por qualquer coisa que faça meu mundo sacolejar.
Posso citar aqui inúmeras situações e casos de inspiração que fui submetido mesmo sem eu querer naquele momento, mas mesmo assim me deixando contemplar o que estava acontecendo.
Na arte, os grandes mestres da pintura me abriram os olhos para as formas e as cores. Na literatura novos mundos. Na música, novas viagens. Nos esportes, a superação.
O que eu quero dizer com tudo isto é que todo ser humano é capaz de inspirar e ser inspirado.
Domingo, o meu amigo Lúcio, logo pela manhã me trouxe um DVD com o seguinte título: “javascript:amplia_foto(6248);” que, aliás, há muito tempo ele me prometia emprestar. Deixei-o em casa e fomos para a pista de skate de São Bernardo do Campo.
Fiz uma sessão boa, mas não boa o bastante para mim. Sempre querendo mais e mais a evolução... Eu e o Lúcio conversamos sobre a nossa evolução. Eu aos trinta e um e ele com trinta. E pra onde a gente iria sendo que estamos treinando, treinando e não passamos do que chamamos de “apostila zero”. Esta parte nos deixa de certa forma: desanimados. Não que iremos deixar de andar de skate; não somos tão inteligentes para isto. Hehehe! Preferimos insistir, do que desistir. É o esporte que escolhemos, a nossa academia, o nosso hobby, o nosso lazer; mas porque insistimos em querer a evoluir?
Cheguei em casa cansado, me reconfortando no colo da minha família.
Somente mais tarde quando minha filha cansou de brincar comigo é que coloquei o filme do Bob para assistir.
E “voa lá”!!! As respostas vieram a se soltar bem na minha frente.
Muitas vezes este filme quase chegou a minha mão, quase, porque nunca chegou de verdade, eu o quase o comprei, eu o quase assisti na casa de um camarada e sempre quase... e eu aprendi a “me deixar esperar” pelo momento certo. Eu não me forço para que as respostas cheguem antes do que eu possa entendê-las a fundo. Esta seria a explicação resumida de um pensamento longínquo, mas incompleta.
Pois bem, obrigado Bob por andar de skate e ser a minha inspiração e a de tantas outros pessoas. Obrigado também ao Urina, Tarobinha, Sandro Dias e ao Ueda que já fizeram, ou de vez em quando, dão a graça de fazer uma session na mesma pista e me inspiram a andar mais.
Essa parte é engraçada, conheci todos eles antes de ficarem “famosos” (menos o Bob) e ainda sim todos eles são respeitosamente seres humanos humildes e camaradas. Eles evoluíram e muito, eu não. Não porque eu não queria, eu sempre quis, mas todos nós temos nossos próprios limites. Eu não evolui na mesma proporção que eles no esporte, em compensação, acredito fielmente que todos nós, sem exceção, evoluímos como seres humanos e principalmente como cidadões de paz e inspiração.
Voltando ao filme (kd o Urina nele?), Bob mostrou-me claramente que estou no caminho certo, evoluir sempre, todos os dias todos os segundos, sempre e sempre...
No esporte que escolhi, minha evolução primeiramente é colocada a prova sempre. Uma evolução a passos de tartaruga comparado aos de Bob e da galera. Em compensação fui abençoado com outros “Dons”, outras facilidades: A arte é um dos meus dons. E, é esse o caminho que estou traçando.
Eu sempre acreditei que o papel principal de um artista (pintor) é o de inspirar outras pessoas. E depois de muito tempo, percebi que eu nasci para fazer isto: pintar e pintar e pintar e escrever. Sem deixar de fazer outras coisas: ando de skate, leio muito, escrevo sempre e consigo ter minha família presente. Não sou o melhor skatista do mundo, nem chegarei perto. Mas estou feliz por eu ter evoluído e ainda evoluindo dentro do que eu posso fazer.
Bob é um cara realmente abençoado, não só um skatista, mas um inspirador. Ele, Urina, Tarobinha, Sandro Dias e ao Ueda, todos vocês eu os coloco na minha lista de “grandes mestres”.
Sigo pintando, evoluindo rapidamente, tanto tecnicamente como inovando. Sigo os passos dos meus mestres skatistas, mas com o objetivo de ficar próximo aos grandes mestres da pintura...
Obrigado ao Skate, ao esporte, aos meus mestres... sem isso minha arte não teria tanta inspiração para evoluir sempre...

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