24 de setembro de 2008

Mês- desabafo...

O que que é um mês?
Um mês pode não ser nada comparado a idade da terra ou do universo. Se bem, que alguns momentos da minha vida, segundos mesmos, são mais eternos do que a eternidade.
Abril, mês do meu aniversário, legal.
Mês de agosto ou do desgosto ou o mês que não tem data fixa “agosto de Deus”.
E fevereiro? Mês do carnaval.
Mas o pior de todos os meses é o mês em que “as águas fecham o verão”. É março! Esse mês é foda... não sei o porquê; quer dizer, nãooooo que eu acredite niiiisso, muito menos sou supersticioso, mas o mês de março – como dizem: “é o meu inferno astral”. Dizem; porque não fui eu quem inventou isso, e também não sei como e quando eu aprendi sobre isso.
Mas voltando ao respectivo período de tempo – o mês.
Faz exatamente um mês que não moro na minha casa no ABC Paulista, estou no momento no interior paulista.

No interior é tudo diferente e sei que não posso me acostumar, e nem sei se o faria, em breve voltarei a minha amada residência que tem vizinho aos lados, a frente e atrás.
No interior, na casa onde estou morando, não tem vizinho de um lado; do outro fica um pouco afastado, atrás da casa ao invés de um sobrado, várias árvores frutíferas, e a frente vizinhos bem afastados.
Tem coisas que são foda! Aqui no interior a casa é bem ventilada e o sol a banha com seu sorriso o dia inteiro. Já na minha casa, o filho da ... boa mãe do vizinho – eles são legais, mas por que eles tinham que construir justamente um sobrado grudado a minha casa?
Sabe quanto custa um sol? Nada, eu sei, mas quando se constrói um sobrado ao lado da sua casa baixinha, putz... Então, o sol passa a valer muito, até porque umidade e mofo dá gastos. E pra acostumar? Sabe desde quando? Desde de março que o sol não atravessa aquelas paredes altas e não consegue chegar até aonde deveria. Coincidência?!
De novo! Foda-se as coisas físicas. É simples resolver este problema... é só o vizinho me vender o sobrado e o ponho abaixo. Mas espera lá! Eu poderia ter comprado o terreno antes dele construir... mas não, inventei uma história que tenho que investir na tarefa árdua de ser pintor; e ainda por cima de querer escrever, que seja, no mínimo: um pouco bem.
Um pouco bem sim, porque reconheço os meus limites na literatura. Em compensação, reconheço o esforço, os estudos e o trabalho que faço para conseguir singelos resultados. Muito diferente da minha pintura, aonde eu conheço todos os atalhos, macetes e técnicas da profissão. Além de possuir meus próprios estilos e de ser abençoado pelo “Dom”.
Aqui vai entrar uns “mas”, MAS SE EU...
Mas se eu tivesse continuado trabalhando como engenheiro com certeza eu teria comprado a porra deste terreno ao lado de minha casa. “Mas” por causa da pintura e da literatura que me custaram todas as minhas economias, esta casa subiu seus tijolos até ao céu me negando o sol. Nessas horas é que eu duvido da existência de Deus, mas pra alguém como eu que acredita na arte, acreditar em Deus não é tão difícil assim.

O que eu ganho com isso?
Pensando pelo lado positivo: Experiência e conhecimento. Mas isso não me vende a casa ao lado. Imagina: “Oh vizinho, chega aí! É o seguinte: eu troco três telas que eu pintei pelo seu terreno. Daqui a cem anos (doze mil meses) você poderá vendê-los por alguns milhões enquanto que este terreno pode até desvalorizar mas nunca valorizar tanto quanto meus trabalhos...”
Na realidade, na vida real eu ganhei foi Mofo e Umidade!
E por que eu estou preocupado com isso? Por que em menos de um mês eu vou colocar um recém nascido lá dentro, junto com a sua irmã de dois anos? Muito saudável, não acha meu Deus?... mas Ele não está preocupado com isso... Por que eu estaria?

Acredito no meu dom e tive provas mais que cabais pra seguir em frente, “mas” por que eu? Caralho, todos meus amigos trabalhando, recebendo salário no fim do mês, fazendo as mesmas coisas. Eu tenho inveja, assumo – os invejo. Eu queria ser como eles, “mas” não! Por que não consigo pregar a minha bunda numa porra de um emprego? Por que eu tenho que acreditar que sou um pintor e me entregar a isso como se eu não tivesse outra saída? E o pior... escrever num país que ninguém lê, como eu posso me dar o luxo de fazer isso? (Caralho, eu sou um engenheiro, tenho que ser racional... mas não... )
“Mas” sabe qual foi o último mês de carteira assinada que tive? O mês de... Março. Verdade! Foi quase um martírio. Um verdadeiro sacrifício...
Trinta dias fazem um homem mudar, pelo menos a mim. Bem, não preciso de um mês, preciso de alguns momentos. Na verdade, preciso é de chacoalhões da vida, e, como estou sempre aberto pra isso. Sempre acabo tomando na cara.
Vir a São Paulo de quinze em quinze dias faz a gente ver coisas que nem sabia que estavam ali. Deixar as coisas por um tempo faz com que eu reflita mais profundamente. Nossa percepção das coisas estão sempre impregnados de poluição visual ou acostumados com as mesmices do lugar; as cores e as sombras que dançam e ninguém vê. As pessoas que sempre passam mas que fingimos nem perceber. O cheiro que sinto falta, mesmo que eu saiba que me faz mal.
Agosto mês do desgosto e que me forçou a vir pro interior, este mês também que me forçou a estudar “a prosa” e a aprender cada vez mais.
E, “são as águas de março fechando o verão/ Promessa de vida do meu coração”. E também foi em março que meu amor nasceu, e foi em abril que a promessa de vida do meu coração se fez.
E foi em abril que eu descobri o verdadeiro amor. O primeiro: da minha própria vida. O segundo: de começar a compartilhar a vida que eu amo com o grande amor da minha vida; minha esposa, que nasceu no mês de?... Março.

10 de setembro de 2008

Nossa Senhora

Mais pra frente vou expor melhores minhas idéias e estudos sobre Liturgia. A principio só vou registrar a entrega da Nossa Senhora Aparecida que foi realizada na Igreja Matriz de Laranjal Paulista interior de São Paulo no domingo.
Na entrega não faltou emoção, por parte de todo mundo, foi lindo...

O Padre Ademar Domingos Roma benzeu o meu trabalho e muitas pessoas que estavam lá beijaram a Santa.
Do meu ateliê direto para um local especial...

4 de setembro de 2008

Nossos personagens.

Estou estudando alguns livros sobre literatura, mas como funciona o mecanismo da literatura em si. Estou aprendendo bastante e vendo coisas que eu nem sabia que estavam lá, mas sempre estão...
Umas das coisas que eu aprendi é que o personagem do livro não pode ser igual as pessoas, os personagens tem de ser muito melhores que as pessoas da vida real...
É estranho no primeiro momento, mas depois eu percebi que é a realidade. E que, sem a definição deste aspecto, eu estava fazendo exatamente isso. (entendi “Dôtoiésviski”, hehehe) No meu livro ou nos meus contos, alguns personagens, eu achava que estava exagerando mas eu os deixei do jeito que estavam e funcionou bem; pelo menos pra mim...
Então quando formos escrever... vamos deixar nosso personagem ser bem mais daquilo que pensamos em ser...
 
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